COM A COORDENAÇÃO GERAL DO PROFESSOR E DIRETOR EDUARDO RIBEIRO, A ESCOLA PLÁCIDO DE CASTRO, ESTÁ AUMENTANDO SUAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS E CULTURAIS, QUANDO DA CRIAÇÃO DO PROJETO DE TEATRO E DANÇA DA ESCOLA. FORAM 170 INSCRIÇÕES, E SELECIONADOS 60 ALUNOS PARA FAZEREM PARTE DE ELENCO, CORPO DE DANÇA E SONOPLASTIA DO PROJETO.
EM DEZEMBRO SERÁ APRESENTADO O FRUTO DE TODO O TRABALHO COM O ESPETÁCULO MUSICAL - BRASIL DE TUDO UM POUCO - COM ALUNOS DE QUINTA A ÚLTIMO ANO DO ENSINO MÉDIO. COM COREOGRAFIAS ENVOLVENTES COMO O SAMBA E GAFIEIRA, E TEXTOS POÉTICOS E AÇÃO EXTREMAMENTE CULTURAL E DE VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA, MUSICAL E LITERATURA BRASILEIRA...
COORDENADORES DA PROPOSTA
PROFESSORES PAULO EVANDRO, ROSENARA SEVERO, GIANE, DOS ALUNOS IGOR, FELIPE CLAVEL,CRISTIÉLEN PACHECO,FELIPE, GABRIELE, DUDU PEICHE, PATRÍCIA TUKA, PAULA FREITAS E OUTROS QUE EM BREVE SERÃO DESTACADOS.
APOIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA , GRUPO DANÇA E VIDA
VEJA ALGUMAS FOTOS:
Montagem Espetáculo Musical
BRASIL DE “TUDO UM POUCO”
Direção: Paulo Evandro Costa
Produção de Apoio - Rosenara
PLÁCIDO DE CASTRO
O Navio Negreiro – CASTRO ALVEZ
(ADAPTADO PARA O ESPATÁCULO)
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e covardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
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